quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Um Gesto Qualquer


Seus passos num jardim de nuvens numa caminhada sempre tão vazia…
Ah, esses olhos que me beijam e buscam a direção contrária do que eu não preciso…
Não é tão importante sonhar assim
Se à medida em que a solidão se apresenta
A mente corroi tudo aquilo que se julgava interior
Os sentimentos agora se transformam em meros coadjuvantes de um espetáculo grandioso
Aplausos… risos… lágrimas…
O infortúnio no camarim…
Será que ninguém percebe a necessidade do descanso?
É trágico estar saturado pela convivência, pela bajulação…
Socorro!
Esse grito ecoa e ensurdece as almas nobres.
Aquelas que sempre estarão sublimes, imaculadas e transparentes.
Como se isso fosse possível…
Só a loucura insana é capaz de transpor as barreiras do admirável…
Falsidade
Ó triste infelicidade que constroi as vanguardas subordinadas da insatisfação.
Pra quê sonhar?
Os sonhos são apenas vãs semelhanças do real para um bando de covardes
Estes que acreditam ter capacidade e vocação para realizar o impossível.
Sim, o impossível que para eles, ilusionados, passa a ter tamanha relevância diante do que realmente importa.
Então venha. Voe ao meu encontro.
Ultrapasse o muro da insignificância
Prove para o mundo que tenho razão
Suplico-te, venha sanidade!
Ó inútil e sonhadora sanidade!
Brinda-me com seu ingênuo devaneio…

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