[...] " E eu comecei a me alimentar de
silênico também. Ausência de pensamentos.'Diz Alberto Caeiro que " não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter
filosofia nenhuma".
Mente vazia...
Escrevo para que a incompreenção por mim
mesma, se acalante, o maior termo que possuo, sou eu mesma e minhaspalavras.As palavras correm pelo meu sangue, pelo
desespero intenso e constante, de não saber o real sentido da vida. Através do universo escuro e inconstante que tudo proporciona.Escrevo pela espera da libertação, de um dia nada mais ser, e, encontrar-me em minhas palavras.Entre os sentimentos, lamentos, fora do
tempo, jogados ao vento. Gritos do Silêncio, talvez eu possa
sentir.Estúpido deserto de idéias, sensações,
emoções verdadeiras.
"E o silêncio se fez,
para que eu possa me encontrar em novas
palavras".