sábado, 24 de outubro de 2009

Descubra-se no silêncio .


[...] " E eu comecei a me alimentar de
silênico também. Ausência de pensamentos.
'Diz Alberto Caeiro que " não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter
filosofia nenhuma".


Mente vazia...

Escrevo para que a incompreenção por mim
mesma, se acalante, o maior termo que possuo, sou eu mesma e minhaspalavras.
As palavras correm pelo meu sangue, pelo
desespero intenso e constante, de não saber o real sentido da vida.
Através do universo escuro e inconstante que tudo proporciona.Escrevo pela espera da libertação, de um dia nada mais ser, e, encontrar-me em minhas palavras.Entre os sentimentos, lamentos, fora do
tempo, jogados ao vento. Gritos do Silêncio, talvez eu possa
sentir.
Estúpido deserto de idéias, sensações,
emoções verdadeiras.

"E o silêncio se fez,
para que eu possa me encontrar em
novas
palavras".

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O velho II

Começou a chover ....

E por segundos até me esqueci do que estava a fazer ali.

O meu olhar continuava preso à aquele velho, a escuridão da tarde aumentava, enquanto as gotas de chuva passavam a lençois d'água, a pouco e pouco começei a me sentir fria, molhada dos pés a cabeça.

A força extrema da natureza abateu-se sobre aquele ser frágil ali sentado à minha frente, os meus olhos não conseguiam desviar-se dele, deles saltavam as lágrimas. A minha alma em choque queria proteger aquele ser, enquanto continuava a ser molhada pela a chuva.

Derrepente aquele doce senhor novamente sorri pra mim, e eu de repente sinto um abraço quente e a chuva deixa de cair sobre a minha cabeça.

" Que estás a fazer aqui de pé à chuva? Tás encharcada! "

O meu último olhar, à aquele ser ele sorria-me e eu desfraçava as lágrimas, voltei-me para ti e deixei que me abraçasse e fomos embor.

E pensei: Aquele senhor, também mereçeia um abraço quente...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009


Confusão mental dos diabos! 

Será que um grão de areia pode cegar alguém em uma tempestade?

para muitos é um grão de areia, mas para quem atingido, será que foi realmente?

esse grão pode se tranformar na própria tempestade,

e o vento forte pode nos arrancar do chão,

nossa praia de pensamentos,

nosso oceano de perguntas...

nossos sentimentos...

ah os grãos...

a esses que me refiro, perfeitamente, grãos...

nós podemos embaralha-los, ou deixa-los embaralhar-se!

Dias de sol, de chuva, ventos, tempestade!... mas como?

uma gão de areia pode mover montahas?

que fundamento lógico existe nisso?

Oras, nenhum, são os sentimentos o coração o irracional, a fuga imediata da razão, da lógica de um ser pensante; 

Não se pensa em sentir, mas se sente pensando...

Nossos pêndulos,

nossos gãos,

nossos amores,

horrores!...

E o infinito no meio!