terça-feira, 17 de novembro de 2009



E a vida continua ...



Há um desespero que beira a transição qualquer que seja. Um aniversário, uma morte ou a entrada na faculdade, o fim do ensino médio… A loucura ronda a mudança.
Não é pelo início. O começo tem sabor doce. Mas o fim, ainda que do seu inferno astral, carrega um peso incomparável.
Ninguém parece acostumar-se ao fato de que as coisas que acabam trazem coisas que começam, em qualquer que seja a situação.
E na TV, sem nem querer, simbolizando um novo começo depois do fim. É a continuação. A gente não precisa ver o que aconteceu com o mocinho para sentir-se feliz pelo resto da vida que ele terá; a gente não precisaria ver nada do que se foi para sentir-se feliz pelo que veio depois. Quer seja a morte, quer seja a chegada dos 17 anos.
O amanhã é a única promessa que a gente tem. Foi meu pai que me disse um dia desses: nada que vai vir é longe. Longe são as coisas que passaram e que nunca voltaremos a viver. Tudo que está no futuro é muito perto.
Sabe o que isso significa? Que a morte está aqui na frente. Só nos resta saber viver.
Parabéns pra mim!

Um outro anjo, outra forma de vida...

Hoje talvez seja só mais um dia ou talvez menos um...talvez seja só um passar por passar, um viver só porque sim. Ou então hoje talvez seja só mais um dia agarrado a tantos outros, uma nostalgia pendente. Talvez hoje seja um inacabado do amanha, um rasgo do que há-de vir; ou talvez seja já o fim de tantos outros. Ou talvez só um intervalo entre o ontem e o amanha, uma pausa...

Aproxima-se o fim de mais um ano, o último, espera-se e desespera-se e, ao mesmo tempo, roga-se para que passe devagar, enfim, um conjunto de contra-sensos entre o vai e não vai para um novo mundo!


Há no meu olhar uma ruptura por onde a loucura sempre escoa.
A Perfeccionista. Dominante em relações. Conservadora. Sempre quer a última palavra. Argumentativa. Preocupada. Antipatiza com barulho e caos. Ansiosa.Leal. Fácil falar. Difícil de agradar. Severa. Prática e muito exigente. Frequentemente tímida. Pessimista, ,( utopia???). Eu pareço a pessoa mais normal do mundo, apesar de quase sempre não fazer sentido algum. Mas afinal, a verdadeira beleza não está exatamente no interior do mais completo e absoluto caos?


Escrever também não me agradava!

Comecei a escrever no momento em que percebi que só pensar não mais me satisfazia. Precisava transbordar todo aquele pensamento que só ao meu universo de idéias pertencia. Hoje, escrevo por pura necessidade, por irresistível vício e por agradável teimosia.


domingo, 8 de novembro de 2009